ChatGPT entra na rotina de empresas


Software é usado em academia de ginástica, loja de produtos infantis e prevenção de riscos financeiros

Por Daniela Braun — Valor – 21/03/2023

O ChatGPT, o programa de computador mais famoso do mundo, lançado pela americana Open AI há quatro meses, é capaz de responder perguntas, escrever textos em linguagem natural, como se fosse uma pessoa, e criar imagens. No Brasil, já faz parte da rotina de empresas de vários setores como academias de ginástica, varejo de produtos infantis e prevenção de riscos financeiros.

Na rede de academias de ginástica Live Fit Brasil, que atende 15 mil alunos em quatro Estados, o ChatGPT colabora na criação de textos sobre as funções de novos colaboradores. E também ajuda a orientar a administração sobre novas fontes de receita para a empresa.

“A ferramenta dá ideias de como podemos aumentar o faturamento, vendendo suplementos, roupas e acessórios, além de oferecer acompanhamento de treinos específicos para cada aluno”, diz Gabriel Vitta, diretor de marketing da Live Fit.

A empresa assinou uma plataforma lançada no fim de janeiro pelo grupo brasileiro G4 Educação, que incrementou o ChatGPT 3.5, versão mais popular atualmente, inserindo conhecimentos de cursos sobre marketing, vendas e gestão promovidos pela empresa, bem como 6 mil interações entre alunos e professores especializados nestas áreas.

O programa de computador mais famoso do mundo acelera processos, mas requer ajustes feitos por pessoas

Com módulos pré-formatados, o empreendedor pode fornecer informações mais pontuais ao ChatGPT como, por exemplo, o público que deseja alcançar em determinada campanha, seus desafios e os produtos que vai oferecer, para ter respostas mais precisas da inteligência artificial.

A descrição de vagas para contratação de vendedores e designers é outra tarefa desempenhada com a ajuda do ChatGPT na rede de academias. “A ferramenta nos ajuda a ter certeza de que a descrição da vaga está de acordo com a nossa necessidade para atrairmos os melhores candidatos”, informa o diretor de marketing.

Até o momento, quatro contratações na sede da empresa contaram com o suporte do ChatGPT, que também ajudou na especificação de tarefas de cada colaborador. Futuramente, Vitta espera aplicar a ferramenta no atendimento ao público.

O ChatGPT tem evoluído rapidamente. No dia 14, menos de quatro meses após o anúncio da versão 3.0 da ferramenta, que se popularizou rapidamente, a Open AI anunciou a versão 4.0. Esta consegue compreender imagens e sons e dá respostas mais rápidas e assertivas, com uma base maior de informações.

Patrick Coutinho, diretor-presidente e fundador da Criativaê, loja on-line especializada em produtos infantis, diz que a empresa ganhou produtividade usando o ChatGPT na descrição de itens à venda, bem como na formatação de textos para o blog da loja e de roteiros de anúncios em vídeo.

“Textos longos para o blog, que a gente levava um dia para produzir, hoje levamos 30 minutos”, compara o executivo, que vem estudando a ferramenta desde o ano passado.

Coutinho pondera, no entanto, que a eficiência da ferramenta da Open AI depende muito do conhecimento do usuário e que não substitui o processo lógico de criação de conteúdos.

“As pessoas acreditam que o ChatGPT crie conteúdos, mas ele apenas compila informações de banco de dados”, explica o empresário.

A compilação de textos técnicos de uma forma coerente é uma das vantagens do ChatGPT. Ele elabora relatórios, em formato de livro eletrônico e em posts em redes sociais, para a empresa de tecnologia Datarisk. O negócio desta empresa é desenvolver algoritmos de inteligência artificial para a prevenção de riscos no sistema financeiro.

“Como a ferramenta é treinada com muitos conteúdos e parâmetros, ela já entende o que é uma provisão para devedores duvidosos, por exemplo, e sintetiza uma resposta bacana, enquanto um buscador como o Google vai trazer diversos links”, observa o engenheiro da computação Jhonata Emerick, fundador e diretor-presidente da empresa.

A empresa também ganhou tempo usando o Dall-e, a versão do ChatGPT para imagens, para ilustrar posts no blog corporativo. “Antes você tinha que entrar em um banco de imagens, pesquisar se poderia usar a foto gratuitamente ou pagar pelos direitos autorais, mas agora descreve um contexto e o Dall-e cria uma imagem nova”.

Emerick nota que o material sintetizado pelo ChatGPT acelera alguns processos, mas requer revisões e ajustes de profissionais técnicos “para evitar ciladas” como informações falsas, desvios ou imprecisões, que a versão 4.0 tenta minimizar, mas que não dispensam a inteligência humana. “O ChatGPT não demite ninguém”, frisa Coutinho, da Criativaê.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/21/chatgpt-entra-na-rotina-de-empresas.ghtml

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