Necessidade de inteligência emocional cresceu porque a economia saiu de uma era industrial e as empresas começam a enfrentar novos desafios
Por Victor Sena – Exame 26/11/2020
No dicionário da Universidade de Cambridge, soft skill é o conjunto de habilidades para as pessoas trabalharem e se comunicarem bem juntas.
Apesar de ter ganhado força no mundo corporativo nos últimos anos, elas sempre foram necessárias, mas ficaram de lado no desenvolvimento do profissional nas últimas décadas. Além de soft skill, essas habilidades comportamentais também são chamadas de talentos híbridos.
“Nesta última década, a gente está olhando de uma forma muito mais profunda para elas porque antes a era industrial pedia profissionais voltados para atuação às questões técnicas, da indústria”, explica Mariana Achutti, CEO da Sputnik, empresa que oferece treinamentos de inteligência emocional para empresas.
Na visão de Mariana, a definição de soft skills tem a ver com o desenvolvimento de questões sócio emocionais e comportamentais para o profissional estar atento a mudanças.
Já a definição do dicionário de Cambridge para o psicólogo e professor da The School of Life Saulo Velasco é, de certa forma, incompleta. As soft skills são habilidades principalmente de autorregulação emocional, que permitem à pessoa reconhecer suas emoções diante de situações de conflito e problemas.
Emprego: com funcionários que tenham uma média alta de soft skills, o retorno costuma vir sobre uma baixa taxa de turnover, (Hispanolistic/Getty Images)
Entre as ferramentas desta caixa estão a própria inteligência emocional, a resolução de problemas complexos e a flexibilidade cognitiva.
Esses três comportamentos estão na lista das 10 habilidades necessárias para os profissionais contemporâneos, publicadas no relatório The Future Jobs, de 2016, do Fórum Econômico Mundial. Todas elas são soft skills. Veja quais são abaixo:
- Pensamento crítico
- Criatividade
- Gestão de pessoas
- Colaboração
- Inteligência emocional
- Julgamento e tomada de decisões
- Orientação ao serviço
- Negociação
- Flexibilidade cognitiva
- Resolução de problemas complexos
No caso da inteligência emocional, um dos aspectos que a compõe é a capacidade de reconhecer seus próprios padrões de comportamento e interromper uma reação em cadeia.
Apesar de a School of Life e a Sputnik serem empresas que oferecem essa caixa de ferramentas para as equipes, com treinamento de educação emocional, o professor Saulo Velasco destaca suas diferenças para um processo psicoterapêutico:
“A psicoterapia é sempre mais profunda, mais extensa, para desenvolvimento, inclusive para os soft skills, mas geralmente não é focada nisso. Esses workshops oferecem um conjunto de ferramentas, mas que precisam ser exercitadas. São pílulas. A psicoterapia já é um processo contínuo.”
A necessidade das soft skills cresceu nas últimas décadas porque a economia saiu de uma dinâmica focada em linhas de produção e as empresas começaram a enfrentar novos desafios.
Comunicação, inovação e relacionamento são alguns deles. Agora, as relações mercadológicas são calcadas em questões comportamentais.
“A gente passa uma média de 17 anos entre escolas e universidade, estudando coisas que não são necessárias para o dia a dia. A discussão da soft skill surge com mais força nesse momento em que a gente precisa trabalhar de forma mais adaptável e flexível, do que vivemos nos últimos 10 anos. E que foi acelerado pela digitalização e pela pandemia”, critica Mariana Achutti.
Na pandemia, a necessidade de usar essas habilidades cresceu. O distanciamento social e o home office exigiram que os funcionários lançassem mão de novas ferramentas. Na School of Life, a procura por workshops de habilidades emocionais para empresas aumentou 40%, se compararmos ao mesmo período de 2019.
Mariana Achutti, da Sputnik, destaca a necessidade de as empresas “se tornarem mais escolas” e oferecerem ambientes psicologicamente saudáveis para os funcionários.
Segundo ela, não dá para cobrar algo de um funcionário, se ele nunca foi ensinado. Para isso, um caminho é focar em palestras, cursos e incentivar o chamado “life long learning”, que é um comportamento de sempre estar aprendendo algo.
Com funcionários que tenham uma média alta de soft skills, o retorno costuma vir sobre uma baixa taxa de turnover, mais produtividade e criatividade. Resta saber se as empresas tem essa caixa de ferramentas para oferecer aos funcionários.
https://exame.com/carreira/o-que-sao-talentos-hibridos-as-famosas-soft-skills-que-empresas-buscam/
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TENHO ACOMPANHADO AS PUBLICAÇÕES SEMPRE PERTINENTES À PROBLEMÁTICA CONTEMPORÂNEA,DEVO DIZER QUE TENHO UM BOM NÍVEL EDUCACIONAL,NO ENTANTO FICO EXTREMAMENTE IRRITADO E POR MUITAS VEZES PONHO O VALOR DO QUE É DITO EM QUESTÃO AO CONSTATAR O USO DE TERMOS ESTRANGEIROS QUE NADA TEM A VER COM NOSSA CULTURA E QUE CERTAMENTE PRÁ NADA NOS SERVEM A NÃO SER CAUSAR DISTRAÇÕES E INCOMPREENSÃO.
NÃO SEI DE QUE CULTURA INFELIZ VEM ESSES MODISMOS E NEM ME IMPORTA SABÊ-LO,POIS MORO NO BRASIL E ME RELACIONO COM BRASILEIROS QUE MUITAS VEZES NEM DOMINAM O IDIOMA PATRIO QUANDO POR OUTRO LADO TEM PRAZER DE SALPICAR ALGUMAS PÉROLAS IMPORTADAS DE LINGÜÍSTICA DE OUTROS POVOS COMO SE ISSO FOSSE SINAL DE ERUDIÇÃO OU SABEDORIA EMINENTE.
ESTÃO PRESTANDO UM DESSERVIÇO AO LEITOR E TIRANDO A PROFUNDIDADE DAS QUESTÕES ABORDADAS.
FORA AO PRIMEIRO PECADO CAPITAL!
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Bom Dia
Reaprender, é a palavra chave para a compreensão e implantação do novo sem volta. O capital humano em todas as relações nas organizações será o foco e o macro para a sobrevivência das pessoas, dos produtos e serviços.
A ignorância, a sonolência e dormência na conexidade relacionadas aos processos com qualidade e produtividade vai além da eficiência fazendo com que a eficácia seja acrescentada com uma boa pitada de gente voltada com a preocupação no clima organizacional , liberdade e a remuneração do desempenho coletivo, satisfazendo todas as partes interessadas.
O “eu fiz a minha parte”, já era, agora como nunca, o “nós”, passou a ser o eixo de toda a cadeia produtiva.
É para refletir e pular a sanga e seguir o foco .
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