O comércio eletrônico vai mudando com a pandemia


por Evandro Milet

Com  a pandemia, o Brasil registra a abertura de mais de uma loja virtual por minuto. Em pouco mais de dois meses, foram 107 mil novos estabelecimentos criados na internet, aponta levantamento da Abcomm, associação do setor. A média anterior era de dez mil unidades por mês. O isolamento social não só acelerou a abertura de lojas na internet como também trouxe novos consumidores para o comércio eletrônico. 

A expectativa era ganhar 3 milhões de clientes para as vendas online até o fim deste ano. Mas, só durante a quarentena foram 2 milhões de novos consumidores que até então nunca tinham feito nenhuma transações pela internet. Esse aumento elevou em 40% as vendas online no período. 

As plataformas de e-commerce Magalu, Mercado Livre e Amazon resolveram acelerar as vendas  de itens de supermercado como alimentos, higiene e saúde. Uma das forças desse segmento é aumentar a frequência de compra e de interação dos usuários – afinal, consumidores compram eletrônicos e livros(infelizmente) poucas vezes por ano, mas vão diversas vezes por semana ao mercado. 

O marketplace da Magalu, com vendas de 1,2 bilhão, cresceu 185%, representando 30,1% do ecommerce total. Fazem parte da plataforma de marketplace 26.000 vendedores ativos, que oferecem cerca de 16 milhões de itens aos mais de 26 milhões de clientes.

A busca de pequenos comerciantes por um espaço próprio no ambiente digital tem crescido e tem a ver com os custos de entrada em marketplaces de grandes varejistas. É mais fácil cadastrar seus produtos nos marketplaces em vez de criar uma loja virtual própria, mas esses ambientes cobram comissão. Pode ser de 8% a 30% sobre a venda.

Mesmo com o porém das taxas, os marketplaces foram a saída para muitos microempreendedores. A participação de vendas desses microempresários aumentou no online. Ainda assim, a grande maioria desses empresários não está preparada para lidar com as margens de lucro mais apertadas que esse novo ambiente traz.

Pequenos lojistas optam por utilizar essas estruturas por não saberem como atrair seus clientes para esses ambientes. Nesse sentido, à medida que os marketplaces oferecem um fluxo de clientes, estrutura de logística e meios de pagamento, eles podem cobrar taxas até mais altas pelo seu espaço. Assim, o lojista tem de adaptar os seus produtos e preços para estar ali.

Os shopping centers, por sua vez, foram duramente atingidos pela pandemia e estão criando outra alternativa para os lojistas de organizar uma plataforma comum de e-commerce até para manter a possibilidade de pagamento dos aluguéis em queda. Entregas organizadas nos estacionamentos dos shoppings também fazem parte do processo.

Por tudo isso, para o BTG Pactual, o comércio eletrônico continuará crescendo a uma taxa acelerada, e deve pelo menos triplicar até 2025.

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