GPTZero usa a própria arquitetura do app para analisar textos. Mais de 35 mil professores já se cadastraram para utilizá-lo
Por O Globo/El País 17/02/2023
Quando Edward Tian, aluno do último ano da Universidade de Princeton (Nova Jersey, Estados Unidos), voltou para casa nas férias de Natal, o ChatGPT já monopolizava conversas e debates ao redor do mundo.
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A OpenAI, empresa que faz pesquisas com inteligência artificial (IA), lançou no dia 30 de novembro o ChatGPT, um chatbot ou programa de computador com o qual você pode conversar e que já faz parte do dia a dia de muitos que puderam experimentar (quando não é derrubado pela enorme demanda).
Entre as polêmicas que surgiram com esse lançamento, a que se refere ao fato de os alunos poderem escrever redações ou mesmo uma obra de ficção apenas propondo um tema ao programa ou fazendo algumas perguntas é uma das mais comentadas.
Fazendo uso da própria arquitetura do ChatGPT, Tian projetou durante seus dias de folga o GPTZero, uma ferramenta que permite detectar se um texto foi criado com inteligência artificial, conforme afirma a publicação da NewScientist. Em alguns testes realizados, o modelo atinge 98% de precisão.
– Tínhamos mais de 35.000 professores na lista de espera enquanto trabalhávamos na versão personalizada para educadores – conta Tian.
Essa versão foi lançada em 14 de fevereiro, mas até então, uma versão beta estava disponível gratuitamente (o que significa que você não precisa se registrar para experimentá-la). Essa versão gratuita ainda pode ser acessada.
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Nesta versão de teste você pode conferir como a ferramenta avalia a probabilidade de um texto ter sido criado por inteligência artificial e o quanto essa probabilidade varia ao longo do texto, pois o que é produzido por uma pessoa contém fragmentos que podem parecer ter sido criados pela inteligência artificial e outras que não são, enquanto o que é gerado pela inteligência artificial é mais constante.
A motivação de Edward Tian para desenvolver a contraparte do ChatGPT surgiu, diz ele, do fato de que “essas tecnologias são muito inovadoras, mas quando você as lança no mundo, há muito potencial para abuso”:
– Então você tem que construir defesas no mesmo tempo, não meses ou anos depois. Eu não esperava que isso se tornasse viral – diz o estudante americano.
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Na verdade, o site que ele usou para hospedar o GPTZero rapidamente lhe forneceu recursos gratuitos, depois de se tornar o aplicativo mais popular da plataforma.
Quando ela visitou sua antiga escola no Natal, uma ex-professora de inglês de Tian lhe disse que pela sua percepção todos os alunos estão usando o ChatGPT. Por isso, e pelos comentários que lhe têm chegado, o estudante universitário sabe que a sua ferramenta se tornou um alívio para os professores:
– Muitos dizem que é reconfortante saber que o GPTZero existe. Mesmo que não o estejam usando, eles acham reconfortante saber que está lá.
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