Metaverso de Zuckerberg já tem primeiras denúncias de assédio sexual. Usuária teve avatar ‘apalpado’


Horizon Worlds, plataforma social de realidade virtual da Meta está em fase de testes; voluntária disse ter sofrido abuso de estranho em praça digital

O Globo e Agências Internacionais 17/12/2021 

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A empresa Meta, novo nome da companhia controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, liberou a plataforma de realidade virtual Horizon Worlds para testes nos Estados Unidos e Canadá.

É parte do plano do líder da empresa, Mark Zuckerberg, de explorar as possibilidades do metaverso, ambiente digital que mescla os mundos físico e virtual, onde as pessoas interagem por meio de avatares.

Milhares de voluntários podem visitar praças públicas virtuais no universo digital e participar de brincadeiras, conversas e eventos. Em uma dessas experiências, uma mulher relatou que seu avatar virtual foi “apalpado” por um estranho.

Nas últimas semanas, diferentes comportamentos abusivos foram denunciados, incluindo o que já é considerado o primeiro caso de assédio sexual registrado na história dessa plataforma, que é um ambiente do metaverso: termo usado para descrever espaços compartilhados imersivos acessados por meio de diferentes plataformas, onde o físico e o digital convergem.

Ou seja, um “mundo virtual” à parte, controlado por pessoas reais.

A Horizon Workrooms é a plataforma dedicada a reuniões virtuais dentro do Metaverso, também de Zuckerberg Foto: Reprodução

METAVERSO: VEJA COMO ESTÁ SENDO DESENVOLVIDO O ESPAÇO VIRTUAL IDEALIZADO POR ZUCKERBERG

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Metaverso: Ambiente que mescla físico e virtual é a nova aposta de Zuckerberg Foto: Reprodução/FacebookMetaverso: Ambiente que mescla físico e virtual é a nova aposta de Zuckerberg Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso idealizado por Zuckerberg, mundos virtuais em 3D poderão se conectar com experiências reais Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso idealizado por Zuckerberg, mundos virtuais em 3D poderão se conectar com experiências reais Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso, corpos físicos se misturam com avatares e público poderá curtir um evento sem que o espaço físico limite o tamanho do público no local Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso, corpos físicos se misturam com avatares e público poderá curtir um evento sem que o espaço físico limite o tamanho do público no local Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso, fronteira entre o físico e o digital é interrompida Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso, fronteira entre o físico e o digital é interrompida Foto: Reprodução/FacebookNo novo ambiente 'metaversal', artes serão em 3D e poderão proporcionar experiência imersiva Foto: Reprodução/FacebookNo novo ambiente ‘metaversal’, artes serão em 3D e poderão proporcionar experiência imersiva Foto: Reprodução/Facebook

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No metaverso, ações do mundo físico podem ser reproduzidas no mundo digital e vice-versa Foto: Reprodução/FacebookNo metaverso, ações do mundo físico podem ser reproduzidas no mundo digital e vice-versa Foto: Reprodução/FacebookExperiência imersiva deve mudar a forma como realizamos compras Foto: Reprodução/FacebookExperiência imersiva deve mudar a forma como realizamos compras Foto: Reprodução/Facebook

Assédio em realidade virtual

O incidente ocorreu no Plaza, o principal ambiente público do Horizon Worlds, no dia 26 de novembro.

Na denúncia realizada, a vítima escreveu que “assédio sexual não é brincadeira na internet normal, mas estar em realidade virtual adiciona toda uma nova camada que faz o evento ficar ainda mais intenso”.

A voluntária, que não teve o nome divulgado, relatou que outras pessoas presentes no momento “apoiaram o comportamento” e não prestaram ajuda, o que a deixou ainda mais desconfortável.

Empresa cogita aprimorar funções de bloqueio

O vice-presidente do projeto, Vivek Sharma, falou ao The Verge que o caso foi “absolutamente infeliz” e disse que a companhia já analisou o ocorrido.

Contudo, Sharma afirmou que a própria vítima poderia ter usado mecanismos de segurança presentes no metaverso — a chamada Safe Zone (“Zona Segura”).

"Zona Segura" do metaverso Horizon Universe Foto: Reprodução/Facebook“Zona Segura” do metaverso Horizon Universe Foto: Reprodução/Facebook

— Esse é um bom feedback para nós, porque queremos tornar (o recurso de bloqueio) mais fácil e localizável — destacou.

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A Zona Segura, quando acionada, abre um menu especial e cria uma “bolha” no avatar, permitindo que ele fique isolado, coloque pessoas ao seu redor no mudo ou em modo de bloqueio, além de permitir a realização de denúncias.

A Meta ainda reconheceu que a notificação foi importante, e pode utilizar esse tipo de caso para facilitar a abertura do modo de segurança em versões futuras, tornando a ação mais intuitiva.

O que é o metaverso?

O metaverso é possibilitado por tecnologias como óculos de realidade virtual (RV), roupas com sensores tácteis e conexões de internet ultrarrápidas, e já está presente em jogos populares como  “Roblox”, “Fortnite” e “Minecraft”.

No caso do Horizon Worlds, os usuários utilizam fones de ouvido e o headset da empresa, o Quest 1 e Quest 2, e interagem entre si.

AS NOVAS POSSIBILIDADES ABERTAS PELO 5G

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O 5G é o ar que se respira no metaverso, ambiente que mescla o mundo físico e virtual no qual boa parte da população mundial poderá socializar em poucos anos Foto: Angel Garcia/BloombergO 5G é o ar que se respira no metaverso, ambiente que mescla o mundo físico e virtual no qual boa parte da população mundial poderá socializar em poucos anos Foto: Angel Garcia/BloombergCom sinal turbinado no celular por conta do 5G e o avanço da Internet das Coisas, consumidor usará cada vez mais dinheiro digital Foto: Angel Garcia/BloombergCom sinal turbinado no celular por conta do 5G e o avanço da Internet das Coisas, consumidor usará cada vez mais dinheiro digital Foto: Angel Garcia/BloombergProdutos de consumo como tênis, geladeiras, cafeteiras e até escovas de dente já contam com chips e sensores para exercer funções de forma autônoma ou prover dados Foto: DivulgaçãoProdutos de consumo como tênis, geladeiras, cafeteiras e até escovas de dente já contam com chips e sensores para exercer funções de forma autônoma ou prover dados Foto: DivulgaçãoCom conexão mais veloz, devem avançar tecnologias como as do carro autônomo e a telemedicina Foto: Alex Kraus/BloombergCom conexão mais veloz, devem avançar tecnologias como as do carro autônomo e a telemedicina Foto: Alex Kraus/BloombergA chegada do 5G deve ampliar ainda mais o mercado brasileiro de games. Por aqui, os 84 milhões que jogam algum tipo de game representam 70% dos brasileiros com acesso à internet Foto: ArquivoA chegada do 5G deve ampliar ainda mais o mercado brasileiro de games. Por aqui, os 84 milhões que jogam algum tipo de game representam 70% dos brasileiros com acesso à internet Foto: Arquivo

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A instalação das redes para a nova geração de telefonia gera negócios e empregos. Na foto, linha de produção de placas de radio 5G na fábrica da Ericsson em São José dos Campos (SP) Foto: Roosevelt CássioA instalação das redes para a nova geração de telefonia gera negócios e empregos. Na foto, linha de produção de placas de radio 5G na fábrica da Ericsson em São José dos Campos (SP) Foto: Roosevelt CássioUso do espaço urbano é um dos entraves para instalação de antenas de telefonia, responsabilidade dos municípios. O 5G demanda cinco vezes mais que a rede atual. Foto: Ian Forsyth/BloombergUso do espaço urbano é um dos entraves para instalação de antenas de telefonia, responsabilidade dos municípios. O 5G demanda cinco vezes mais que a rede atual. Foto: Ian Forsyth/BloombergLeilão do 5G destravou R$ 40 bilhões em investimentos na telefonia, já começa a influenciar negócios e aumentou a competição entre as empresas do setor Foto: Isac Nóbrega/PRLeilão do 5G destravou R$ 40 bilhões em investimentos na telefonia, já começa a influenciar negócios e aumentou a competição entre as empresas do setor Foto: Isac Nóbrega/PR

Especialistas explicam que o metaverso encontrou espaço fértil para se desenvolver primeiro na indústria dos games. As tentativas começaram ainda por volta dos anos 2000, com jogos virtuais como o Second Life, da Linden Lab.

Após uma série de tentativas de consolidação desse espaço virtual, games como Roblox e Fortnite são considerados os principais protagonistas que já formalizaram sua entrada no metaverso.

Ambas as plataformas costumam realizar uma série de experiências imersivas com capacidade para milhares de usuários em tempo real.

Mercado bilionário

Segundo projeções da Bloomberg Intelligence Unit, o metaverso deve movimentar US$ 800 bilhões até 2024.

Surgido no mundo dos games, essa realidade digital entrou no mundo corporativo, atraiu marcas e celebridades e fisgou consumidores ávidos por novidades, ainda que só virtuais.

A Gucci já vendeu uma bolsa Dionysus, que só existe neste universo paralelo, na plataforma de games Roblox pelo equivalente a R$ 21,8 mil (ou 350 mil Robux, a “moeda local”).

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E uma live do avatar do cantor Travis Scott no game Fortnite atraiu nada menos do que 12 milhões de pessoas simultaneamente.

— A próxima onda da internet vai estar ligada ao metaverso. As empresas já entenderam que estar nos games é necessário para que elas vendam seus produtos. A atenção dos consumidores, assim como hoje está nas redes sociais, vai estar nesse ambiente. E, naturalmente, as empresas vão precisar estar lá — diz André Micelli, coordenador do MBA de Marketing e Negócios Digitais da FGV.

5G e ‘gadgets’ para imersão

O potencial desse novo ambiente alimenta uma onda de financiamentos a start-ups dispostas a ajudar a construir as bases para que o metaverso se incorpore ao cotidiano de bilhões de pessoas, do lazer ao mercado de trabalho. São vários os exemplos.

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A Magic Leap, “unicórnio” que produz óculos de realidade aumentada, captou US$ 500 milhões para a criação de um fone de ouvido.

O SoftBank, gigante que é um dos principais financiadores globais para start-ups, criou um fundo que investirá US$ 170 milhões na plataforma de metaverso Naver Z Corp.

De acordo com dados do CB Insights, há pelo menos 90 start-ups empenhadas em construir o metaverso.

Essa indústria abrange desde equipamentos (hardware), passando pelos wearables (dispositivos eletrônicos, como óculos de realidade virtual), softwares de computação 3D e processos computacionais como NFTs (sigla para tokens não-fungíveis, uma espécie de selo virtual de autenticidade de objetos virtuais) e o blockchain (sistema que garante a segurança da operação).

https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/metaverso-de-zuckerberg-ja-tem-primeiras-denuncias-de-assedio-sexual-usuaria-teve-avatar-apalpado-25323473

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