Rodrigo Pádua, VP de gente e cultura global do grupo Stefanini, fala sobre gamificação e marketplace de mentoria na série RH 4.0
Por Barbara Bigarelli – Valor – 14/04/2021
Ao incluir games no processo de atração de talentos, na integração e treinamentos dos funcionários, o Grupo Stefanini diz ter conseguido dar conta de alguns desafios que a pandemia trouxe à gestão de pessoas. Primeiro: recrutar perfis distintos, mas alinhados aos valores da companhia, de todo o Brasil. Segundo: manter o engajamento remoto e o desenvolvimento de seus funcionários (só no Brasil são 16 mil), com a grande maioria em home office há mais de um ano.
No processo de construção de uma jornada 100% digital da experiência do funcionário, o RH do grupo também lançou mão de ferramentas de inteligência artificial que são oferecidas aos clientes, para recrutar, e criou uma plataforma de mentoria. Espécie de marketplace, onde executivos podem doar seu tempo e funcionários receber conhecimentos e experiência. “Temos que ir cada vez mais criando coisas que conversem de maneira interativa e bacana. Do contrário, as pessoas (funcionários, candidatos e cliente) se desinteressam”, afirmou Rodrigo Pádua, VP global de gente e cultura do Grupo Stefanini, em entrevista a editora do Valor Stela Campos.
Em live realizada para a série RH 4.0, que integra o ‘Carreira em Destaque’, Pádua diz que vê que “tendências do mundo do marketing e dos clientes começam a fazer parte do mundo de gente e gestão e do RH das organizações”. E que, ao menos no grupo, incorporar ferramentas que se inspirem nesse mundo, permitiram à empresa aumentar a produtividade, o engajamento e o NPS (satisfação) dos funcionários na pandemia. A gamificação está presente em uma das plataformas de aprendizado do grupo e estimula os funcionários a realizarem os cursos – e a criarem os seus próprios. Cada interação na plataforma garante um “stefcoin”, moeda digital que pode ser trocada por souvenires da empresa, novos cursos e outros benefícios.
“Os stefcoins ajudam a retroalimentar o processo de desenvolvimento das pessoas na companhia e criam uma certa competição positiva, que traz engajamento. As pessoas podem guardar a moeda para trocar por cursos maiores”, diz Pádua. O executivo também diz que a empresa já tem uma base de dados robusta, construída ao longo de dois anos, que permite entender o ‘comportamento’ do funcionário nas trilhas de aprendizado e a expectativa é oferecer, em breve, trilhas mais customizadas e individuais – “da mesma forma como Netflix hoje indica um filme porque já sabe quais você já assistiu”.
A idade média dos funcionários do grupo é de 33 anos, mas Pádua diz que a plataforma foi pensada para ser “simples e intuitiva” e, assim, conseguir atrair todos os perfis de público interno da companhia. Outro “xodó” de sua área de RH é a plataforma de mentoria. “Hoje já são 200 funcionários recebendo mentoria todos os meses, conversando com profissionais sem viés hierárquico ou não sofrendo com questões que poderiam, em tese, atrapalhar um encontro destes”. A plataforma será levada aos países que o grupo atua na América Latina nos próximos dois meses e, no fim do ano, o plano é ser acessível aos 27 mil funcionários espalhados pelo mundo.
Pádua avalia que todas as empresas ainda estão aprendendo a criar uma boa experiência digital, mas que a principal premissa a ter em mente é que “não precisamos mais escolher modelo A ou B” – seja sobre uma forma única de trabalhar, de gerir pessoas ou ver a própria carreira. “A minha geração tinha que ver essas opções, mas no mundo digital podemos ter os dois. No meu caso, poderia estar no mesmo emprego, mas trabalhando em qualquer cidade do mundo”. Há um ano, aliás, o grupo decidiu mudar seu modelo de trabalho e irá permitir que até 50% de sua força de trabalho fique remoto ou parcialmente em home office.
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