Com consumidores recorrendo cada vez mais à inteligência artificial em vez do Google, surge o GEO, a nova disputa das marcas para aparecer nas respostas dos bots
STEVEN MELENDEZ – Fast Company Brasil – 21-08-2025
Usuários de internet estão recorrendo cada vez mais a ferramentas de IA como o ChatGPT, em vez de buscadores tradicionais, para encontrar informações online. Isso significa que empresas que querem alcançá-los precisam se adaptar e rápido.
“Existe esse padrão que se repete na internet: surge uma nova tecnologia que muda a forma como consumidores interagem com informação. As marcas e os profissionais de marketing, no início, não sabem bem como se posicionar, mas, conforme a adoção cresce, fica claro que é ali que estão os olhares”, diz Alex Sherman, CEO e cofundador da startup Bluefish.
Com buscadores como o Google já oferecendo resumos feitos por IA, aparecer e receber menções favoráveis nestas respostas está se tornando tão importante quanto estar bem posicionado em resultados de busca ou nas redes sociais.
A BLUEFISH AJUDA EMPRESAS A ACOMPANHAR, MEDIR E OTIMIZAR COMO SUAS MARCAS APARECEM EM RESPOSTAS DE IA
Hoje, essa tecnologia é a IA generativa. Uma pesquisa da Adobe mostra que mais da metade dos consumidores nos EUA pretende usá-la para compras online este ano. A Bluefish ajuda empresas a acompanhar, medir e otimizar como suas marcas aparecem em respostas de IA, de forma parecida ao que especialistas de SEO sempre fizeram no Google.
A empresa, que atende clientes como Adidas, a incorporadora Tishman Speyer e a gigante da publicidade Omnicom, envia milhares de consultas todos os dias a sistemas como o ChatGPT e o Gemini para saber o que eles estão dizendo sobre essas marcas. Depois, gera relatórios sobre a visibilidade, o sentimento das menções e o peso do conteúdo corporativo na formação dessas respostas em comparação com discussões externas.
“Nossa tecnologia analisa milhões de respostas de IA diariamente para dar aos profissionais de marketing uma visão clara de como estão sendo retratados — e permitir que tomem medidas para otimizar a forma como os modelos descrevem seus produtos e serviços”, diz Sherman.
Essa otimização costuma significar adicionar conteúdo a sites corporativos voltado especificamente para grandes modelos de linguagem — em volumes muito maiores do que o consumo humano típico. Entre os formatos úteis estão FAQs adaptadas às perguntas que usuários de IA podem fazer.
GEO: GENERATIVE-ENGINE OPTIMIZATION
Para segmentar ainda mais, a Bluefish lançou a ferramenta Custom AI Audiences, que permite ver o desempenho por público. Um banco, por exemplo, pode acompanhar como a IA descreve sua marca para assessores financeiros, investidores de varejo ou estudantes universitários. Por trás disso, estão consultas direcionadas a sistemas de IA formuladas para simular respostas desses perfis.
“Temos uma conta bem cara com os provedores de IA todo mês”, comenta Sherman.
A Bluefish que anunciou recentemente uma rodada Série A de US$ 20 milhões liderada pela NEA, com participação da Salesforce Ventures — atua principalmente com grandes empresas, ajustando preços e planos à escala delas. Cerca de 80% dos clientes são companhias da Fortune 500, de setores como serviços financeiros, bens de consumo e turismo.
Outras empresas do setor, às vezes chamando esse trabalho de GEO (generative-engine optimization), miram segmentos diferentes do mercado. Como as ferramentas de IA baseiam-se em conteúdo da internet, as técnicas de otimização podem incluir ajustes específicos para IA, mas também estratégias já conhecidas, como fortalecer presença em redes sociais, gerar conversas positivas em fóruns e conquistar cobertura na imprensa.
Embora o campo ainda seja novo e as ferramentas de IA estejam em evolução, Sherman acredita que esse espaço vai ocupar uma fatia crescente dos orçamentos de marketing.
“É um canal que está devorando todos os outros”, afirma. “No fim, vemos o marketing online se transformando em marketing para IA nos próximos anos.”
SOBRE O AUTOR
Steven Melendez é jornalista independente e vive em Nova Orleans.
SEO para ChatGPT. Marcas já pagam para influenciar o que a IA responde | Fast Company Brasil
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