Agente de IA vai libertar usuários para atividades de seu interesse, diz CEO do Google ao ‘Estadão’


Ao Estadão, Sundar Pichai explicou que nova etapa da tecnologia vai economizar tempo – e pode chegar em breve

Por Bruna Arimathea – Estadão – 22/05/2025

MOUNTAIN VIEW – A inteligência artificial (IA) generativa caminhou a passos largos desde que se tornou uma ferramenta popular. Agora, a próxima fase da evolução da tecnologia são os agentes de IA, que prometem automatizar muitas das atividades que ainda precisamos dar algum tipo de comando para os chatbots. Para Sundar Pichai, CEO do Google, os agentes serão mais do que facilitadores de tarefas do dia a dia: eles vão poder, também, ser “libertadores” e permitir que o usuário possa concentrar seu tempo em atividades que são de seu maior interesse.

“É uma área de fronteira empolgante. Para os consumidores, acho que isso vai melhorar a experiência do usuário, reduzir o atrito, economizar tempo e libertar as pessoas para fazer as coisas que mais lhes interessam”, afirmou Pichai ao Estadão, durante uma coletiva de imprensa no Google I/O, principal evento da empresa.

Agentes de IA são programas com capacidade de realizar tarefas de maneira autônoma, com pouca ou nenhuma supervisão humana. Eles têm capacidade de interpretar dados e tomar decisões, o que abre as portas para automações complexas, que antes não eram possíveis.

Nesta semana, o Google anunciou que o Gemini, por exemplo, vai ganhar uma ferramenta chamada Agent Mode, que permite que a IA possa percorrer vários apps para encontrar um resultado para o comando do usuário. O recurso vai estar dentro do app da IA.

Outro segmento explorado pela empresa, chamado Projeto Mariner, visa apenas o desenvolvimento de agentes de IA. Um exemplo é o uso de um agente na busca para procurar produtos específicos na área de compras da plataforma. Será possível monitorar preços, salvar produtos e receber notificações quando um item tiver redução no preço, por exemplo. A partir disso, o chamado Agentic Checkout gera um carrinho de compras direto no Google Pay, sem que o usuário precise acessar o site específico da loja em que deseja comprar o produto.

“Tem pessoas que gostam do processo de compra. Algumas delas gostam de navegar e gastar tempo (comprando). Há pessoas, como eu, que só querem comprar e pronto. Isso permitirá que as pessoas passem o tempo que quiserem da forma que quiserem”, explicou Pichai.

Pichai citou, ainda, que protocolos de integração de serviços, como o A2A, que fornece uma maneira padronizada para que os agentes colaborem, independentemente do fornecedor, e o MCP, que padroniza como as aplicações fornecem contexto para LLMs, estão evoluindo de forma cada vez mais rápida.

Para aplicativos do Workspace, como Gmail, Google Meet, Docs e Drive, a ideia do Google é trazer elementos de agentes de IA para acessar os serviços e personalizar atividades. Uma das coisas apresentadas é a possibilidade de respostas personalizadas no e-mail, por exemplo.

“Esses agentes estão se tornando mais disponíveis, assim como estamos tornando-os mais disponíveis em diferentes frentes. Como você disse, é fundamental que pensemos em sistemas agênticos, sistemas que podem realizar tarefas que podem ser úteis para você, e a melhor maneira de ajudar você é, obviamente, responder às suas perguntas, mas também realizar as tarefas para as quais você realmente gostaria de ajuda. Então estamos chegando a esse estágio”, afirmou Koray Kavukcuoglu, CTO do Google DeepMind, ao Estadão.

Tudo isso pode abrir caminhos para uma automação de tarefas cada vez maior e, no futuro, levar a tecnologia à inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês). Nesse estágio, a ideia é que modelos de IA sejam tão inteligentes que possam entender por si mesmos a necessidade de uma tarefa a ser feita e, integrados a dispositivos, apps e serviços, possam resolver sozinhos como essa tarefa será feita. É uma ideia que Kavukcuoglu já visualiza.

“Muito disso também passa pela compreensão do ambiente local e do ambiente virtual, bem como do desktop. As ferramentas que você usa em sua vida, mas também em sua vida virtual. Portanto, a jornada a partir daqui tem mais a ver com a capacidade de entender melhor esse contexto e de usar melhor essas ferramentas”, explicou o chefe de tecnologia do DeepMind. “É claro que o caminho para a AGI está se tornando cada vez mais possível, pois estamos confiando muito em nossas ferramentas para desenvolver e expandir nossa inteligência. A mesma coisa com os agentes, que podem usar essas ferramentas que criamos para nós mesmos”.

Agente de IA vai libertar usuários para atividades de seu interesse, diz CEO do Google ao ‘Estadão’ – Estadão

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