Corrida deve reunir 12 mil participantes, incluindo protótipos de 20 empresas, mas há requisitos
Por La Nacion — O Globo – 17/03/2025
Robô Tiangong corre ao lado de humano em Pequim — Foto: Reprodução La Nacion
Nova York, Paris, Londres, Berlim, Tóquio. Estas são algumas das maiores maratonas do mundo que acontecem anualmente. Mas não são as mais inovadoras. Nesse sentido, a China sai em primeiro lugar ao anunciar a primeira meia maratona em que humanos e robôs disputarão lugares no pódio.
A corrida acontecerá em abril em Pequim, especificamente na Área de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Distrito de Daxing, conhecida como Beijing E-Town. A competição atrai 12 mil participantes, incluindo humanos e robôs de mais de 20 empresas diferentes.
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Não é qualquer robô que pode participar: há certos requisitos. Por um lado, é essencial que os robôs tenham uma aparência humanoide. Além disso, devem ter entre 0,45 e 2 metros de altura. Também é essencial que as tecnologias tenham uma estrutura mecânica capaz de andar e correr sobre duas pernas. Parece um esclarecimento óbvio, mas não é. Alguns robôs podem vir com rodas, o que deixaria os humanos em total desvantagem.
Embora esta seja a primeira vez que uma corrida é realizada na qual os corredores competem formalmente com robôs, no ano passado, na Meia Maratona de Pequim, “Tiangong” — um robô humanoide — juntou-se aos humanos na reta final da corrida e cruzou a linha de chegada como um pequeno teste do que será visto na próxima edição.
Rivalidade
A grande questão desta era é: quando a tecnologia superará os humanos? De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores especializados em inteligência artificial, há uma grande probabilidade de que inteligência de nível humano esteja presente em máquinas nos próximos 40 anos. E a questão permanece: o que acontecerá com os humanos?
Já existem vários exemplos em que o “aluno” superou o “professor”. Um dos casos mais famosos ocorreu em 1997, quando o Deep Blue, uma máquina desenvolvida pela IBM que conseguia analisar 200 milhões de posições por segundo usando computação bruta, derrotou Garry Kasparov, um histórico jogador russo, em uma partida de xadrez. A partida, disputada na cidade de Nova York, foi uma revanche de uma disputa que já havia ocorrido em 1996, quando Kasparov derrotou a tecnologia.
Seguindo essa linha, a tecnologia AlphaGo, desenvolvida pelo Google DeepMind, enfrentou o campeão mundial sul-coreano Lee Sedol em uma competição de cinco jogos do Go. O resultado terminou em uma vitória de quatro jogos contra uma derrota a favor da máquina, demonstrando seu claro potencial intelectual.
Mais recentemente, em 2018, o robô Curly derrotou um time sul-coreano em uma competição de curling, esporte que envolve lançar uma pedra de 20 quilos o mais próximo possível de um alvo no chão. A tecnologia foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade da Coreia do Sul e do Instituto de Tecnologia de Berlim e foi um grande sucesso, vencendo três das quatro partidas disputadas.
Nesse contexto, Eduardo Levy Yeyati, autor do livro Automatizados, refletiu em entrevista à RED/ACCIÓN que estamos em um momento em que devemos redefinir a relação que temos com as tecnologias e entender o valor que agregamos à medida que elas se tornam mais sofisticadas e começam a ocupar lugares importantes em nosso ecossistema.
— Não é a máquina no lugar do homem, é o homem como uma interface com a máquina e o homem habilitado pela máquina. Não adianta competir com a máquina. Temos que ser amigos — disse ele.
Mas imaginar um contexto em que vemos competições de robôs em vez de competições humanas é difícil.
“Há algo essencialmente humano que se perde quando atletas robôs praticam esportes”, escreveu Michael Cheng, especialista em IA e filosofia, em um artigo. “Obtemos um valor de entretenimento substancial, ou até mesmo aprendemos mais, ao observar alguém ficar confuso. O fato de os humanos cometerem erros é uma característica, não um defeito”.
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